Os teatros eram auditórios ao ar livre. O início do espetáculo dava-se ao amanhecer.
Muitas vezes os cidadãos assistiam a 3 tragédias, uma tragicomédia e uma comédia. O teatro era considerado parte da educação de um grego.
Em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais dramáticos. Os tribunais fechavam e os presos eram soltos da cadeia.
O preço da entrada era dispensado para quem não pudesse pagar, e até as mulheres, que não podiam participar de quase todos os acontecimentos públicos, eram bem recebidas no teatro.
Composição do Teatro:
Na orquestra (ao centro) estava situado o altar - Thymêlê - onde era prestado culto ao deus Dionísio. Esse espaço era o local onde atuava o coro, onde se dançava e cantava, criando assim um ambiente de ritual.
Com o passar do tempo e o evoluir da representação, começaram a surgir alterações de espaço. A orquestra passa a pertencer somente ao coro, expulsando a representação desse espaço. A representação passa assim a ser dividida pela orquestra (onde ficava o coro) e a skêné, que era local onde atuavam os actores, ou seja, o espaço da acção. As extremidades da skêné são designadas por paraskênia, e eram por onde entravam os atores, para a skêné, e o coro, para a orquestra.
Uma das principais inovações coincide com o teatro de Priene. Há uma transformação: o círculo da orquestra desaparece e dá lugar a um meio circulo, passando a haver dois tipos de encenação em diferentes locais:
- Próskênion – primeira noção de palco elevado que ocorre numa distância de 2,80m desde o solo;
- Skêné – onde se situava o logeion (nível superior).
Deste modo, quando haviam encenações com representações de identidades divinas, estas eram demonstradas de forma a que se compreendesse claramente a sua superioridade: os deuses no Próskênion e os seres humanos no Skêné. A partir desta inovação o coro começa a perder notoriedade nas peças.
Em relação à inserção de cenários, usavam-se dois métodos distintos:
- Técnica do Periaktoi - prismas triangulares pintados com 3 cenários;
- Técnica do Ekkyklêma – móveis construídos sobre um eixo.
No período latino, os romanos apoderam-se do último modelo arquitetónico do teatro grego e passam a construir as suas estruturas em forma de ferradura.
No teatro romano encontra-se uma fachada de cena com 5 portas.
Estas portas tinham simbologias diferentes: enquanto que pela do meio, a porta principal, entravam as personagens da realeza, as portas das extremidades eram para as personagens secundárias. A porta que sobrava à esquerda estava reservada à passagem de pessoas que frequentavam a realeza, a da direita reservava-se para aquelas personagens longínquas que chegavam de outras paradas.
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