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sábado, 28 de janeiro de 2012

Commedia Dell'Arte

TEATRO RENASCENTISTA

TEATRO DO SÉCULO XVI – COMMEDIA DELL’ARTE


A Commedia Dell'Arte caracteriza-se pela construção das personagens através do seu vestuário próprio. 
O teatro com este tipo de organização surge em meados do século XV como forma de entretenimento explorado pela corte, tendo percorrido toda a Europa. 


A Commedia Dell'Arte foi iniciada em Munique por uma companhia teatral da Baviera. 
Entre 1570 e 1580 situa-se o período em que a Commedia Dell’Arte se ergueu definitivamente, afirmando e desenvolvendo todos os seus elementos artísticos fundamentais: máscaras, dialetos, improvisações, bufonarias (elementos grotescos que eram introduzido para provocar o riso no espetador), recurso à música, à dança, a acrobacias e diálogos pejados de ironia e humor.
Era um teatro itinerante de cariz popular. 
Devido às suas saídas de Itália muitos foram os que se influenciaram pela commedia dell’arte; por exemplo, em França Móliere fora um deles. 

As encenações da Commedia dell’arte baseavam-se na criação coletiva. Os atores apoiavam-se num esquema orientador e improvisavam os diálogos e a ação, deixando-se levar ao sabor da inspiração do momento, criando o tão desejado efeito humorístico. Eventualmente, as soluções para determinadas situações foram sendo interiorizadas e memorizadas, pelo que os actores se limitavam a acrescentar pormenores que o acaso suscitava, ornamentados com jogos acrobáticos.


O elevado número de dialetos que se falavam na Itália pós-renascentista, determinaram a importância assumida pela mímica.
O seu uso exagerado servia não só para provocar o riso, mas como comunicação em si. 
Normalmente uma companhia nada fazia para traduzir o dialeto em que a peça era representada à medida que fosse atuando nas inúmeras regiões por que passava. Mesmo no caso das companhias locais, raras eram as vezes em que os diálogos eram entendidos na sua totalidade. 
Daí que atenção se centrasse na mímica e nas acrobacias, a única forma de se ultrapassar a barreira da ausência de unidade linguística.

As companhias, formadas por dez ou doze atores, apresentavam personagens tipificados. Cada ator desenvolvia e especializava-se numa personagem fixa, cujas características físicas e habilidades cómicas eram exploradas até ao limite. Variavam apenas as situações em que as personagens se encontravam.



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